O cantor baiano <b>Gilberto Gil</b> falou pela <b>primeira vez</b> no último domingo (10) sobre a morte da filha, a cantora <b>Preta Gil</b>, e o processo de luto. O músico concedeu uma entrevista ao Fantástico, programa dominical da Globo, mediada pela jornalista Poliana Abritta. A conversa foi ao ar dois dias após o aniversário da cantora carioca, um dia repleto de homenagens em sua memória.(image)<b>Reprodução/ Caras Brasil</b>Preta Gil faleceu aos 50 anos no dia 20 de julho, nos Estados Unidos, após complicações decorrentes de um câncer no intestino. A artista estava em tratamento especial e preparava seu retorno para o Brasil quando faleceu após mal súbito.“Preta era uma menina incrível, muito cheia de vida, muito intensa no sentido afetivo e que se tornou uma pessoa pública muito querida. Essa luta intensa que ela teve pela vida era uma coisa que não só nos comovia, mas também nos chamava para a responsabilidade”, começou Gilberto Gil, que reafirmou a luta de Preta e sua alegria pela vida.Gil perdeu outro filho há cerca de 35 anos: o irmão mais velho de Preta, Pedro Gil, filho do relacionamento do baiano com Sandra Gadelha (a Drão). Pedro faleceu em 1990 no Rio de Janeiro após colisão com uma árvore. Gilberto Gil, em entrevista ao Fantástico, não pôde deixar de relacionar os <b>processos de luto</b> de ambos os filhos.“Com Preta, tivemos tempo, de uma certa forma, de nos acostumar com a ideia de sua partida. Desde o início, o diagnóstico dela já era muito duro e as expectativas de cura eram pequenas. Esses últimos tempos lá nos Estados Unidos foram para acompanhá-la e cercá-la do maior conforto possível”, conta Gil.(iframe)Apesar de muita tristeza, Gilberto Gil ressaltou que a memória de Preta é repleta de alegria. Em postagem nas redes no aniversário da filha, o cantor <b>defendeu</b> que ela merece ser celebrada por sua vida: “Na família Gil, dia 8 de agosto será sempre o dia oficial da alegria e celebração, da nossa integrante mais festiva. Uma saudade sem fim”, escreveu.“Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa, nos indica direções, escolhas a serem feitas, valores a serem cultivados. Além da sua herança para a música, ela se tornou um defensora aguerrida de causas importantes (…) Estamos naturalmente tristes, ainda tendo que nos acostumar com a perda, com a falta. Ao mesmo tempo, ela já vinha em um sofrimento prolongado de quase três anos. Então, essa partida vem com o sentimento de que ela sossegou (…) A morte faz parte da vida e a gente precisa seguir”, completou Gil em entrevista ao Fantástico.